...deixarei minhas BREVES considerações sobre o Campeonato Brasileiro 2009 e seus atores.
Sempre fui contrário a fórmula dos pontos corridos!
Independente do meu time de coração, o São Paulo, ser o maior papa-títulos do torneio (alcançado o posto, principalmente, por ser dos primeiros clubes a se adaptar ao novo método de disputa), sempre achei algo brochante e sem a menor emoção.
O que me respalda, empiricamente, essa minha prévia é que no primeiro título (tetra) do São Paulo na era dos pontos corridos eu estava no Morumbi e após terminado o jogo não podíamos comemorar a conquista do caneco, pois era necessário esperar uma combinação de resultados vinda do Paraná (sinceramente, não me lembro o jogo e que diferença faria se lembrasse?). Ou seja, fiquei com uma cara de tacho na arquibancada, assim como os jogadores no gramado, esperando que o auto-falante do estádio anunciasse o término do jogo em questão, ou, um torcedor mais empolgado colado em seu rádinho gritasse: terminou, terminou... é campeão caralho!
Enfim, fiquei até com uma certa vergonha. Uma sensação de deslocamento e falseamento. A minha comemoração não mais seria natural como sempre fora ao apito final do árbitro.
E sem querer me colocar como um saudosista, mas me lembro bem da época que existiam as finais no Campeonato Brasileiro e todo mundo parava nos dias de jogos, os estádios lotavam, os butecos nem se fale e as segundas-feiras só terminavam na terça quando o assunto era futebol - e se bem me lembro também, nas quartas-feiras já tinha jogo (não tinha que ficar assistindo jogos da sul-americana no meio de semana, esse sim, disparado, o torneio mais chato do mundo).
Por um momento, achei que esse Brasileiro me faria mudar de ideia. Comecei a refletir sobre a questão. Sem dúvida nenhuma, esse foi um campeonato disputado e não de hegemonia de um só clube (ou dois) como nos outros anos. Uns seis ou sete times pleitearam de fato o título, existia algo de diferente nesta edição.
Mas antes de entrar no mérito da disputa, como disse anteriormente, refleti sobre os aspectos positivos da fórmula. Abstrai a ponto de achar que o Brasileirão promovia uma certa integração nacional, já que os noticiários esportivos abriam espaços para outras praças além da tradicional Rio-São Paulo. Começavam, então, a existir novas rivalidades extra-regionais. Os torcedores nas rua de São Paulo comentavam sobre o novo reforço do Goiás. Poxa, algo estava mudando? Balela. Isso já existia na época do mata-mata. No máximo, somente, alguns noticiários se reformularam, como o Globo Esporte, que além de mudar o formato se tornou ainda mais regional (com uma edição feita somente para São Paulo, que no máximo soltava algumas notas sobre clubes contra os quais os paulistas iriam jogar).
De fato houve uma boa disputa, como já disse. Medalhões fugiram dos grandes burgos futebolísticos europeus para dar o ar de sua graça a plebe de que um dia fizeram parte (isso, óbvio, porque também já não tinham lá tanto espaço na Europa): como o peso-pesado do Corinthians, o imperador destronado que perdera seu reino mas sabia que a Gávea lhe renderia novos(velhos) súditos e o bom Fred (que não sei como não vingou de fato como 9 do Brasil). Outros nomes também poderiam aparecer aqui: V. Love, Fernandão, Petkovic, Washington, Souza, Val Baiano, Obina, Kléber Pereira, Willian Batoré e daí para baixo. Entendeste agora do que estou falando meu caro?
O nível técnico dessa PORONGA foi muito baixo!!!
Sempre fui contrário a fórmula dos pontos corridos!
Independente do meu time de coração, o São Paulo, ser o maior papa-títulos do torneio (alcançado o posto, principalmente, por ser dos primeiros clubes a se adaptar ao novo método de disputa), sempre achei algo brochante e sem a menor emoção.
O que me respalda, empiricamente, essa minha prévia é que no primeiro título (tetra) do São Paulo na era dos pontos corridos eu estava no Morumbi e após terminado o jogo não podíamos comemorar a conquista do caneco, pois era necessário esperar uma combinação de resultados vinda do Paraná (sinceramente, não me lembro o jogo e que diferença faria se lembrasse?). Ou seja, fiquei com uma cara de tacho na arquibancada, assim como os jogadores no gramado, esperando que o auto-falante do estádio anunciasse o término do jogo em questão, ou, um torcedor mais empolgado colado em seu rádinho gritasse: terminou, terminou... é campeão caralho!
Enfim, fiquei até com uma certa vergonha. Uma sensação de deslocamento e falseamento. A minha comemoração não mais seria natural como sempre fora ao apito final do árbitro.
E sem querer me colocar como um saudosista, mas me lembro bem da época que existiam as finais no Campeonato Brasileiro e todo mundo parava nos dias de jogos, os estádios lotavam, os butecos nem se fale e as segundas-feiras só terminavam na terça quando o assunto era futebol - e se bem me lembro também, nas quartas-feiras já tinha jogo (não tinha que ficar assistindo jogos da sul-americana no meio de semana, esse sim, disparado, o torneio mais chato do mundo).
Por um momento, achei que esse Brasileiro me faria mudar de ideia. Comecei a refletir sobre a questão. Sem dúvida nenhuma, esse foi um campeonato disputado e não de hegemonia de um só clube (ou dois) como nos outros anos. Uns seis ou sete times pleitearam de fato o título, existia algo de diferente nesta edição.
Mas antes de entrar no mérito da disputa, como disse anteriormente, refleti sobre os aspectos positivos da fórmula. Abstrai a ponto de achar que o Brasileirão promovia uma certa integração nacional, já que os noticiários esportivos abriam espaços para outras praças além da tradicional Rio-São Paulo. Começavam, então, a existir novas rivalidades extra-regionais. Os torcedores nas rua de São Paulo comentavam sobre o novo reforço do Goiás. Poxa, algo estava mudando? Balela. Isso já existia na época do mata-mata. No máximo, somente, alguns noticiários se reformularam, como o Globo Esporte, que além de mudar o formato se tornou ainda mais regional (com uma edição feita somente para São Paulo, que no máximo soltava algumas notas sobre clubes contra os quais os paulistas iriam jogar).
De fato houve uma boa disputa, como já disse. Medalhões fugiram dos grandes burgos futebolísticos europeus para dar o ar de sua graça a plebe de que um dia fizeram parte (isso, óbvio, porque também já não tinham lá tanto espaço na Europa): como o peso-pesado do Corinthians, o imperador destronado que perdera seu reino mas sabia que a Gávea lhe renderia novos(velhos) súditos e o bom Fred (que não sei como não vingou de fato como 9 do Brasil). Outros nomes também poderiam aparecer aqui: V. Love, Fernandão, Petkovic, Washington, Souza, Val Baiano, Obina, Kléber Pereira, Willian Batoré e daí para baixo. Entendeste agora do que estou falando meu caro?
O nível técnico dessa PORONGA foi muito baixo!!!
Flamenguistas comemorando o gol do título
Os medalhões, tirando um ou outro (como o Adriano), se esconderam ou viveram machucado. Alguns sequer corresponderam as mínimas expectativas de suas contratações. Os medianos se destacaram, dada a falta de craques, e os ruins continuaram ruins.
Assim sendo, a rotatividade de líderes diferentes iria mesmo acontecer. Nenhum dos clubes que assumiram a liderança (com ressalva ao Palmeiras que teve lá seus graves problemas, mas tinha o elenco mais razoável e lampejos de craques de alguns jogadores) tinham a real capacidade de mantê-la por muito tempo. E é o que aconteceria com o Flamengo se houvessem mais algumas rodadas.
Não vou me estender mais e ficar analisando "friamente" cada time e porque ganhou ou perdeu o título.
Mas concluo dizendo que a falsa ilusão que tive de um grande campeonato e de que os pontos corridos tinha definitivamente emplacado se deu graças ao já falado baixíssimo nível técnico estabelecido no futebol praticado nesta terra - óbvio, os grandes jogadores brasileiros não estão no país. A pseudo-integração nacional é uma farsa - para quem assistiu CQC no dia 07/12, um dia após o término do campeonato, viu o bairrismo dos flamenguistas hostilizando o repórter pelo simples fato dele ser de São Paulo "Passa amanhã paulista"(uma rivalidade maior e pior do que a do futebol). E, por fim, o campeonato é chato pra cacete! Comemorar um título em cima do rebaixado América de Natal, como fez o São Paulo em 2007, ou, no exemplo atual do Flamengo em cima dos reservinhas do Grêmio, que já não via possibilidade nenhuma na competição, referenda o que eu digo.
Agora eu espero a Libertadores, que não terá Boca e River, mas ao menos tem no seu regulamento vigente as suas finais.
Assim sendo, a rotatividade de líderes diferentes iria mesmo acontecer. Nenhum dos clubes que assumiram a liderança (com ressalva ao Palmeiras que teve lá seus graves problemas, mas tinha o elenco mais razoável e lampejos de craques de alguns jogadores) tinham a real capacidade de mantê-la por muito tempo. E é o que aconteceria com o Flamengo se houvessem mais algumas rodadas.
Não vou me estender mais e ficar analisando "friamente" cada time e porque ganhou ou perdeu o título.
Mas concluo dizendo que a falsa ilusão que tive de um grande campeonato e de que os pontos corridos tinha definitivamente emplacado se deu graças ao já falado baixíssimo nível técnico estabelecido no futebol praticado nesta terra - óbvio, os grandes jogadores brasileiros não estão no país. A pseudo-integração nacional é uma farsa - para quem assistiu CQC no dia 07/12, um dia após o término do campeonato, viu o bairrismo dos flamenguistas hostilizando o repórter pelo simples fato dele ser de São Paulo "Passa amanhã paulista"(uma rivalidade maior e pior do que a do futebol). E, por fim, o campeonato é chato pra cacete! Comemorar um título em cima do rebaixado América de Natal, como fez o São Paulo em 2007, ou, no exemplo atual do Flamengo em cima dos reservinhas do Grêmio, que já não via possibilidade nenhuma na competição, referenda o que eu digo.
Agora eu espero a Libertadores, que não terá Boca e River, mas ao menos tem no seu regulamento vigente as suas finais.
4 comentários:
Grande camarada, entendo as suas colocações, apesar de não concordar com elas, sabe bem, sou adepto dos pontos corridos.
Mas vamos pensar um pouco. Seu argumento de tentar ver a fórmula emplacando e não conseguir pelo baixo nível técnico é estranha.
Os grandes jogadores brasileiros não saíram do país por causa dos pontos corridos, mas sim pela baixa valorização de seu futebol aqui ou excesso lá fora.
Também há o fenômeno dos empresários, que levam uma promessa ao leste europeu, Arábias, Coréias e outros cantos do mundo menos tradicionais do futebol por conta do dinheiro.
Outro ponto é o seu questionamento quanto a "ser campeão contra o rebaixado América-RN, ou ficar esperando o resultado do outro lugar, broxante".
O pontos corridos prevalecem porque enchem mais os estádios (ao longo do campeonato, não apenas na reta final) do que o mata-mata e, consequentemente, dão mais lucro a quem comanda o futebol.
Penso que se houvesse uma Copa do Brasil de verdade, com todos os times que disputam a Libertadores, os pontos corridos fariam mais sentido.
Giggio, por gentileza fundamente argumentativamente sua discordância em relação ao segundo ponto.
Pingu
Gigio, você se equivocou! Em nenhum momento eu disse que o campeonato de pontos corridos não emplaca pelo baixo nível técnico, mas sim que a falsa ilusão que tive de um grande Brasileirão 2009 era dada (aí sim) ao baixo nível técnico. Então, as equipes estavam equiparadas por baixo, eram limitadas, de futebol burocrático, etc - tanto que o maior campeão é o Murici, não preciso me aprofundar quanto ao seu pragmatismo tático.
Suzano, concordo quando diz a respeito dos estádios, realmente as médias de público, mesmo com os ingressos caríssimos (pelo menos em SP), são mais altas. Quanto a uma Copa do Brasil forte, não sei se somente isso bastaria - vide o exemplo europeu, que nenhum clube dá importancia aos torneios de copa.
E Pingu, eu reitero seu comentário, também não entendi o que o Gigio quis dizer. rs
Desculpe a demora para responder, mas estão replicados os comentários.
Abs
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